Boas-vindas!

Bem-vindos caros sujeitos do conhecimento! Quem vos fala é o professor Claudio, da disciplina de Sociologia e Filosofia do Galvão e do Benedito Cardoso de Athayde! Este é o meu blog, e foi criado para desempenhar as mais diversas tarefas, tais como publicação de informes, textos online para leitura, sugestões de vídeos para aprimorar o conhecimento ou mesmo notícias de entretenimento que possuam relação com o universo da Sociologia e da Filosofia! Procure as notícias relativas à sua turma; haverá sempre a referência inicial no canto superior esquerdo de cada postagem; fique à vontade para comentar, pois qualquer dúvida publicada será respondida com a maior atenção! Abraços a todos!


(Professor Claudio)







terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

[Sociologia - 2º Ano] Meios de Comunicação em Massa - Entrevista

"Não existe neutralidade da imprensa", diz diretor do Le Monde Diplomatique


 
Por Samir Oliveira - Sul 21
O diretor de redação do jornal francês Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet, acredita que a mídia deveria se posicionar claramente sobre a linha ideológica e política que segue. Doutor em Sociologia e professor de Teoria da Comunicação, o jornalista, que comanda um periódico abertamente de esquerda, diz que não existe a tão aclamada neutralidade da imprensa.
“Um jornal que diz que é objetivo é um jornal alinhado à direita e que tenta esconder seu ponto de vista”, explica. Ramonet entende que os veículos de comunicação deveriam deixar claras as posições políticas e ideológicas que defendem. “Não tenho nada contra um jornal ser de direita, acho interessante que existam. Mas que fique claro que representa o ponto de vista dos empresários, da burguesia e da classe conservadora”, aponta.
O jornalista esteve em Porto Alegre na semana passada para participar das atividades do Fórum Social Temático e mesmo com uma apertada agenda encontrou tempo para conversar durante meia hora com a reportagem do Sul21. Nesta entrevista, ele analisa também o papel das esquerdas na crise capitalista que assola a Europa e contrapõe a situação no velho continente ao momento vivido pela América Latina. “A América Latina está construindo o Estado de bem-estar social, enquanto na Europa ele está sendo destruído”, compara.
Sul21 – O senhor escreveu o livro A tirania da comunicação. Quais os propósitos por trás da atuação jornalística dos grandes veículos e comunicação?
Ignácio Ramonet – O jornalismo está vivendo várias crises. A primeira delas é a dominação pelos grandes grupos globais. Esses grupos são multimídia, detêm televisões, imprensa escrita, rádios e sites. E se comportam como atores da globalização, o que faz com que não tenham a mesma relação direta com os leitores. A segunda crise jornalística foi criada pela internet. Em muitos países, a imprensa escrita está desaparecendo, sendo substituída pelos meios digitais. E aí vem também uma crise econômica, porque o modelo de sustentação da imprensa escrita não funciona mais. Caíram a publicidade e as tiragens.

Sul21- A internet não trouxe benefícios ao jornalismo?
O problema é que temos dois modelos – o impresso e o digital – e nenhum deles funciona. Provavelmente, o que vai prevalecer será o modelo digital, até porque a informática se aprimora cada dia mais nos países em desenvolvimento. Uma consequência do advento da internet é o que os cidadãos podem intervir muito mais do que antes. O público não é mais passivo, hoje existe a possibilidade de comentar e de difundir a informação. Isso também afeta o trabalho do jornalista, que acaba possuindo um papel diferente, não está mais num pedestal. Não é mais só o jornalista que fala. A relação hoje em dia é muito mais interativa. Por outro lado, isso gera uma crise de identidade: se todo mundo pode ser jornalista, o que é, de fato, ser jornalista? Onde está a especificidade de um jornalista, se qualquer pessoa pode sê-lo?

Sul21 – A internet, com a força das redes sociais, está se convertendo numa ferramenta efetiva contra o monopólio da informação pela mídia tradicional?
O panorama está mudando. A internet pode romper os monopólios? Sim, pode ser que seja possível. Mas não acredito que se deva pensar que se alcançará uma fase de democratização da informação. O que há é uma ilusão de democratização, já que hoje em dia todos podemos produzir e difundir informação. Há uma noção de que estaríamos nos auto-informando. Mas, na realidade, todos são auxiliados pelas fontes centrais de informação. Então há uma maior participação das pessoas, mas ainda existem os monopólios. E esses monopólios já integram o Facebook, o Twitter e possuem suas páginas digitais. A democratização existe, mas os monopólios não se enfraqueceram. No fundo, o que está mudando é a defesa das pessoas contra a tentativa de domesticação levada adiante pela mídia dominante. Do ponto de vista ideológico, o objetivo dos grandes meios de comunicação é domesticar a sociedade. Com as novas ferramentas digitais e com as redes sociais, surge um modo de se defender disso.
Sul21Aqui no Brasil a mídia se diz imparcial e desprovida de objetivos políticos. Nenhum jornal da imprensa tradicional se qualifica abertamente como de esquerda ou de direita. O senhor, como diretor do Le Monde Diplomatique, um jornal de esquerda, avalia que é necessário haver maior transparência quanto à posição ideológica da mídia?
Acredito que são os leitores que dão identidade a um jornal. O jornal não diz “somos de esquerda”. Mas, sem dúvida, a neutralidade não existe. Um jornal que diz que é objetivo é um jornal alinhado à direita e que tenta esconder seu ponto de vista. Não tenho nada contra um jornal ser de direita ou de centro-direita, pelo contrário, acho interessante que existam. Mas que fique claro que representa o ponto de vista dos empresários, da burguesia e da classe conservadora. Não acredito que se possa dar a informação de maneira objetiva. Existem fatos objetivos, mas o comentário sobre eles será sempre diferente. E é importante que seja assim, desde que se jogue com as cartas na mesa.
Sul21 - O governador Tarso Genro disse num evento do FST que a esquerda precisa perder o medo da mídia e enfrentar temas que a imprensa “mastiga de forma negativa”. É exagerada a cautela dos políticos em relação à mídia?
Os meios de comunicação têm uma função absolutamente indispensável numa sociedade democrática. Mas não são partidos políticos e não devem pensar que o são. Se querem se transformar em partidos, que se apresentem nas eleições. O papel crítico da mídia é indispensável na democracia. Mas não podem confundir crítica com oposição. Na América Latina muitos veículos de comunicação que têm dominado a vida intelectual acreditam que são mais importantes que os partidos políticos. Nesse continente, os latifundiários da imprensa são os novos amos das consciências. Acreditam que podem domesticar a população e não aceitam a autonomia do poder político.
Sul21O senhor entende que a esquerda não está conseguindo propor alternativas ao capitalismo. A esquerda também é culpada pela atual crise do sistema?
Claro que sim. A esquerda europeia, por exemplo, não apenas não propôs nenhuma alternativa, como tem se prestado a legitimar as políticas impostas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Central Europeu. A esquerda social-democrata, quando estava nos governos, deu provas de sua incapacidade, até mesmo teórica, de enfrentar essa crise. Não apenas é uma crise econômica, é também uma crise das esquerdas.

Sul21 - E qual a alternativa, já que a esquerda tradicional não está dando conta?
 Existem outros partidos de esquerda que estão decididos a adotar políticas diferentes, por exemplo, mudando a relação com o Banco Central Europeu, que não permite ajuda aos países. Há partidos que dizem que se deve obrigar o Banco Central a ajudar, que é preciso adotar uma política de estímulo, não apenas para reduzir o déficit, mas para promover crescimento econômico. Mais ou menos como faz Barack Obama nos Estados Unidos, e ele não é nenhum revolucionário. Mas está promovendo uma política de estímulos, uma política neo-keynesiana e não conservadora. Existem forças propondo uma mudança efetiva, mas elas ainda não estão nos governos europeus.
Sul21 Aqui no Brasil existem outros partidos de esquerda que propõem ações não previstas no programa do governo federal. Mas alguns deles defendem, inclusive, uma ditadura do proletariado. Até que ponto é possível buscar alternativas mais à esquerda sem incorrer no totalitarismo?

Não faz mais sentido falar em ditadura do proletariado. A história já passou por isso. Hoje, qualquer alternativa deve partir do respeito aos mecanismos democráticos. Quando eu falo de outras esquerdas, não estou falando de esquerdas fora da esfera democrática. A esquerda dentro da democracia é a única que interessa. É a única que pode ser realista e que pode trazer soluções num panorama totalmente democrático.

Sul21
- Como o senhor avalia o contexto político da América Latina, mais especificamente da América do Sul, onde a maioria dos países é governada pela esquerda?
Para muitas esquerdas no mundo, a América Latina é algo que está funcionando. Aqui implementam políticas originais. Não seguem os ditames do FMI, promovem políticas de integração continental, de inclusão social e não de exclusão. A América Latina está construindo o Estado de bem-estar social, enquanto na Europa ele está sendo destruído. E, lá, as esquerdas participam dessa destruição. A América Latina, pela primeira vez na história, aparece para toda a esquerda mundial como uma prática na qual podem se inspirar.
Sul21Pode surgir daqui uma saída para a crise capitalista?
A América Latina está num período de construção do Estado de bem-estar e de classes médias. É a mesma situação que viveu a Europa após a Segunda Guerra Mundial. A América Latina lembra a Europa que o Estado é um ator importante, não somente os mercados. Na Europa os mercados governam e os estados e a política não conseguem se impor. E a América Latina lembra o mundo inteiro que a política ainda vale, que os dirigentes políticos ainda valem e que, por consequência, a política e as eleições ainda têm sentido. Na Grécia, na Itália e na Inglaterra os jovens se revoltam. Estão indignados, porque consideram que os políticos não fazem nada e são cúmplices das soluções propostas pelos mercados. A América Latina mostra ao mundo que é possível o Estado se impor aos mercados.

Sul21 – Mas há diferenças entre as esquerdas que governam na América Latina. Venezuela, Bolívia e Equador intensificam reformas e mudanças anticapitalistas que países como Brasil, Argentina e Uruguai não parecem dispostos a implementar.
Essa suposta oposição entre as esquerdas na América Latina é muito mais uma invenção dos meios de comunicação ocidentais, que têm interesse em criar oposições artificiais. É evidente que cada país é diferente, mas globalmente todos estão fazendo políticas de inclusão social. Cada um com seus métodos, mas estão construindo o Estado de bem-estar e uma democracia participativa. Tudo isso tem muito mais semelhanças do que diferenças. É claro que há diferenças, mas não há oposição. Toda a América Latina vai pela primeira vez na mesma direção, isso é muito importante.
Sul21– A Europa está dominada hoje por governos conservadores. Inglaterra, Alemanha, França, Grécia, Itália e Espanha são governados pela direita e implementam soluções reacionárias e autoritárias para sair da crise. Este ano tem eleições na França, se a esquerda vencer o país pode se tornar uma luz no fim do túnel europeu?
  
Se essa esquerda que tem possibilidade de ganhar as eleições se comportar de maneira diferente da esquerda que estava no poder na Grécia, na Espanha, em Portugal… Se agir da mesma forma, não haverá nenhuma mudança. É bem provável que François Hollande (do Partido Socialista) possa ganhar a eleição. Fará uma política diferente? Muitas pessoas desejam isso. Mas será que ele poderá fazer algo diferente? Os mercados permitirão? A Alemanha permitirá? Não sabemos. O que é seguro dizer é que se a França muda sua política de maneira racional, mas atrevida, terá uma grande influência no mundo inteiro e na Europa. E isso pode mudar as coisas, inclusive numa aliança com a América Latina. 

Fonte: Sul 21

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

[Sociologia - 1º Ano] Durkheim e os Fatos Sociais

O Ator Will Smith em cena do filme "Em busca da felicidade": Notório efeito que os fatos sociais podem causar na vida do indivíduo em sociedade. 


Por Camila Conceição Faria

Fato social  é toda “coisa” capaz de exercer algum tipo de coerção sobre o indivíduo, sendo esta “coisa” independente e exterior ao indivíduo e estabelecida em toda a sociedade.
O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), tido por muitos como um dos pais da sociologia moderna, define em seu livro, “As Regras do Método Sociológico” (1895), que o objeto de estudo da Sociologia deve ser o fato social, pois ele deriva da vida em sociedade, que é caracterizada pelo conjunto de fatos sociais estabelecidos. 

Podemos classificar como fatos sociais as regras jurídicas, morais, dogmas religiosos, sistemas financeiros, maneiras de agir, costumes, etc., enfim, todo um conjunto de “coisas”, exteriores ao indivíduo e aplicáveis a toda a sociedade, que são capazes de condicionar ou até determinar suas ações; sendo esta “coisa” dotada de existência própria, ou seja, independente de manifestações individuais. 

No entanto, devemos ressaltar que nem todo fato comum em determinada sociedade pode ser considerado fato social; não é a generalidade que serve para caracterizar este fenômeno sociológico, mas sim a influência dos padrões sociais e culturais, da sociedade como um todo, sobre o comportamento dos indivíduos que integram esta sociedade; como exemplo, podemos citar o alto índice de suicídios no Japão, pois não são apenas fatos individuais e particulares que levam esses indivíduos ao suicídio, mas toda a cultura e a formação social daquele país; se considerássemos outra cultura e outros padrões sociais, talvez esses indivíduos, com as mesmas frustrações particulares, não optassem pelo suicídio. 

Características do fato social:

Coercitividade – característica relacionada com o poder, ou a força, com a qual os padrões culturais de uma sociedade se impõem aos indivíduos que a integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los.

Exterioridade – relaciona-se ao fato de esses padrões culturais serem exteriores ao indivíduo e independentes de sua consciência ou vontade.

Generalidade – os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem para um único indivíduo, mas sim para todo um grupo ou sociedade.

Fonte: http://www.infoescola.com/sociologia/fatos-sociais/

[Sociologia - 1º Ano] A Ditadura do Proletariado

A Ditadura do Proletariado é uma ideologia baseada na obra de Karl Marx e pressupõe a tomada do poder pelos operários como o único modo de reverter a exploração capitalista.

O desenvolvimento do capitalismo suscitou uma série de ideologias que visam romper com a suposta exploração do sistema. Desde a Revolução Industrial, a organização do trabalho se alterou. Os trabalhadores perderam o controle dos meios de produção e dos produtos finais, passaram unicamente a vender a força de trabalho para a burguesia. Desta forma se criou um novo modelo de trabalho baseado na burguesia e no proletariado.

Ávidos por lucros, os burgueses, proprietários dos meios de produção e dos produtos, introduziram uma carga de trabalho abusiva sobre os trabalhadores. Como o novo momento das relações de trabalho no mundo não dispunha de regulamentações que dessem conta da relação entre proletariado e burguesia, esta explorou os trabalhadores sobremaneira. Com cargas horárias diárias de trabalho abusivas, remuneração baixa e indistinção entre o trabalho de crianças e adultos, o capitalismo foi se intensificando no seio das sociedades forjadas pela burguesia.


Karl Marx

Em resposta à exploração exercida, os trabalhadores iniciaram movimentos de contestação que geraram ideologias políticas. Mas foi o filósofo Karl Marx  quem estabeleceu as bases de uma nova ideologia responsável por influenciar em grande escala as aspirações dos trabalhadores. O marxismo colocou em cheque a relação da burguesia com o proletariado e difundiu a idéia de que os operários eram os únicos capazes de, após a tomada do poder, reverter o quadro exploratório.

Marx fazia a propaganda do comunismo, acreditava que no decorrer do próprio sistema capitalista o proletariado desenvolveria uma consciência de classe capaz de unir os trabalhadores, em quantidade numérica muito maior, em ações que resultassem no bem coletivo. A luta de classes, naturalmente existente e base do capitalismo, seria revelada para os trabalhadores.

O sistema capitalista para existir depende da luta de classes, burguesia e proletariado só existem em função um do outro. Entretanto, nesse sistema, a burguesia é a privilegiada por ter controle dos meios de produção e ter o benefício de explorar a força de trabalho, o que resulta em benefícios privados. Marx dizia então que a burguesia se apropriava injustamente da diferença e contribuía para aumentar a distância social e econômica entre operários e patrões.

Nesse quadro, surgiu o conceito de Ditadura do Proletariado. Segundo este, o desenvolvimento da consciência de classe e a exploração do capitalismo davam aos operários a condição de ser a classe social única com a capacidade de reverter a situação. Para isso, o proletariado deveria tomar o poder da burguesia através de uma revolução e implantar um regime do proletariado, regido com pulso firme, para minimizar as diferenças sociais e proporcionar o bem-estar coletivo.

Uma das primeiras tentativas de implantação da Ditadura do Proletariado ocorreu na França em 1871. A chamada Comuna de Paris resultou na tomada do poder pelo operariado e na tentativa de instalação de uma república de caráter socialista. Entretanto, o movimento foi aniquilado pelo governo, o que representou uma forte derrota para os defensores da ideologia comunista de cunho marxista.

Somente em 1917 que a Revolução Russa revelou uma tentativa relativamente bem sucedida de Ditadura do Proletariado. Na ocasião, os trabalhadores tomaram o poder do tradicional regime czarista e instalaram um governo socialista através do líder Lênin. A formação da União Soviética estabeleceu um regime socialista que teve Stalin como líder até o início da década de 1950, governando com a rigidez de uma Ditadura do Proletariado. Porém, mais tarde se revelou os abusos realizados também por esse sistema. Na década de 1990, o governo socialista chegou ao fim após demonstrar que não possuía mais forças para se sustentar e que sua população estava em um patamar social e econômico muito atrasado em relação ao mundo capitalista.

Fontes:
http://www.infopedia.pt/$ditadura-do-proletariado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ditadura_do_proletariado

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

[Livre] O Livro Esquecido


Hoje vou comentar sobre um livro que praticamente todos possuem, mas quase ninguém lê. E isso é independente de religião, é um livro que possui muito mais do que acusações ou julgamentos, pelo menos do jeito que as pessoas por aí tem falado... Esse livro é a Bíblia... Isso mesmo, vc já a leu? 

Eu digo que não há, necessariamente, Bíblia; o que há são Bíblias.. ou seja, são vários livros que contam histórias (muitas delas inclusive, nos ajudam no conhecimento das ciências, como a História), e que trazem mensagens para as nossas vidas atualmente e nos dão "dicas" de como devemos viver ou entender o mundo de acordo com histórias que já teriam se passado antes de nossa existência; são histórias e relatos interessantes, porque de lá acabamos por obter 'sugestões' a respeito de decisões ou práticas que norteiam nosso dia-a-dia.

É claro que quando lemos, percebemos que o seu teor não faz referência de valor à vida tal qual a conhecemos, ou seja, a vida material não possui um valor inestimável; comparada à 'verdadeira vida' defendida por Jesus "Jeová", o Cristo (e é isso que muitos não entendem, ou não acreditam nela), fugir da 'materialidade' é uma das propostas que a Bíblia nos proporciona, e, diga-se de passagem, pela própria natureza do homem (que é matéria e espírito), acaba por se tornar extremamente inaceitável por muitas pessoas, principalmente as  céticas.

Outra característica desse livro é a fidelidade a determinados princípios. Vivemos atualmente em um mundo de relativização; fala-se que tudo é permitido, tudo é aceito, tudo é respeitado, até mesmo coisas que sempre tiveram, historicamente, um papel importante no sentido de serem coisas que não devemos fazer. Hoje fala-se mais aceitavelmente de descriminalização de drogas,  legalização da prostituição e do aborto, eutanásia, casamento entre pessoas do mesmo sexo com o objetivo de se 'constituir uma família', etc. Para a Bíblia, tudo isso é um erro, ela é bem clara quanto a isso. E é justamente pelas mudanças que a sociedade vem sofrendo, é que esses valores, tidos como 'ultrapassados', são duramente criticados pelas pessoas 'mais modernas', e que defendem muitas vezes, um outro sentido à religião ou à fé, na tentativa de 'moldar' as principais ideias da Bíblia ao seu próprio querer, quando na verdade, segundo ela, é o homem que deve compreender e se adaptar a certas leis gerais.

Ainda que seja um livro que cause polêmica para muitos, grande parte das pessoas possuem pelo menos uma em casa; dizem que acreditam no que consta na mesma, acreditam em suas histórias, mas nunca leram... parece uma contradição, não?  E você? Acredita nas coisas que estão escritas nela? Se não sabe o que responder, que tal começar a ler? Embora na rua, por aí, falem para nós quase sempre a respeito de religião, a bíblia é o mais importante livro do ponto de vista histórico, economico, social, cultural, sobrenatural, dentre várias outras coisas, independemente de igrejas, religiões ou pregações. Dica: Não deixe o livro esquecido (geralmente aberto) em cima a estante(!); comece a ler, é provavel que você passe a entender muitas coisas interessantes sobre o sentido de nossa existencia no mundo!

Abraços do professor Claudio!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Filosofia - 2º Ano - Galvão - Liberdade e Determinismo

Texto extraído do Blog do professor Jorge Barbosa; Leiam!

Determinismo e Liberdade na Acção Humana

9 de dezembro de 2006

Provavelmente, a maioria de nós desejaria ir ao cinema ou ir passear em vez de ir estudar para se preparar para um teste ou para um exame. Mas tendo em conta o seu projecto profissional ou de vida, é voluntariamente que opta pelo estudo e pelo trabalho em vez de preferir o lazer.

Será o Homem de facto livre? Será a liberdade uma característica exclusivamente humana?

Kant, a propósito desta problemática da diferenciação entre o Homem e os restantes seres e objectos naturais, defendia, justamente, que somente os seres racionais são livres estando tudo o resto sujeito a leis fixas, ou seja, a um determinismo natural. Para Kant, o Homem é um ser livre e é essa característica que o torna um ser diferente de todos os outros seres naturais. Todos os seres naturais estão sujeitos a leis. O Homem é o único ser livre.

De um ponto de vista filosófico, o termo determinismo designa esta esta convicção de que todo o fenómeno é rigorosamente determinado por aqueles que o precederam ou acompanham, sendo a sua ocorrência necessária e não dependente da vontade do agente.

Há filósofos que negam a existência da liberdade humana. Tais pensadores são de opinião de que tudo o que acontece tem uma razão de ser e é por desconhecermos essa razão de ser, oculta, que pensamos que somos livres e que somos nós que decidimos e escolhemos como agir.

Se admitirmos que o determinismo é uma teoria defensável, temos de concluir que cada ser humano é simplesmente uma espécie de marioneta, sendo a sua conduta apenas uma consequência de forças externas (uma vontade divina ou um destino) ou interiores, físicas ou psicológicas, que o determinam necessariamente sem lhe deixar qualquer possibilidade de escolha. As nossas escolhas seriam apenas aparentes, ou seja, a liberdade humana não é um facto mas uma ilusão.

Se optarmos por reconhecer que o ser humano não é uma espécie de marioneta nas mãos do destino e que, pelo contrário, possui capacidade e necessidade de escolher, então reconhecemo-lo como um ser livre e não pré-determinado a reagir às suas necessidades e aos estímulos ambientais de uma maneira única, automática e independente da sua vontade. No domínio da acção (política, ética, estética, etc.) o ser humano não nasce pré-programado para agir de um determinado modo, independentemente da sua deliberação, decisão e acção. Pelo contrário, faz parte da sua natureza ter de escolher entre diferentes alternativas de acção, ponderadas as circunstâncias em que ela tem lugar.

Assim, temos de concluir que a liberdade não é a ausência de constrangimentos externos ou internos, nem a possibilidade de agir independentemente de quaisquer obstáculos ou determinismos. É ter a possibilidade de escolher e decidir o que fazer de nós próprios, que tipo de pessoa nos propomos construir tendo em conta todos os factores e condicionalismos circunstanciais que o contexto vivencial nos proporciona e que são simultaneamente limitações e desafios.

Cada um de nós tem de reconhecer princípios e normas impostas exteriormente pela sociedade em que vivemos (nível sócio-cultural e jurídico) e princípios e normas impostos a cada um por si mesmo (nível ético-moral). Este reconhecimento não significa determinismo. Traduz e manifesta a liberdade humana que se define como a capacidade de auto-determinação, ou seja, a possibilidade e a necessidade de sermos nós a orientar a nossa acção e, desse modo, a definir e a moldar a nossa personalidade, tendo em conta as condicionantes da acção.

Se a acção resulta da nossa vontade, se foi resultado de um propósito e decisão individuais, então agir implica também assumir a responsabilidade pelas nossas acções e pelas consequências que delas resultem.

A responsabilidade obriga-nos a prestar contas pelos actos e intenções perante a sociedade civil e perante a nossa consciência moral. Só é moralmente responsável o indivíduo que agiu livremente, sem ter sido obrigado ou constrangido a fazer algo contra sua vontade e se, tendo plena consciência do que faz e das respectivas consequências, quer fazer o que faz.

sábado, 23 de outubro de 2010

Filosofia - 3º ano - Direitos Humanos

 
Comentário de Roberto Siqueira sobre os filmes "Tropa de Elite" (o primeiro) e "Ônibus 174" em: http://cinemaedebate.com/2010/02/18/onibus-174-2002/
 
Este incrível documentário de Jose Padilha (ônibus 174) nos faz refletir muito sobre a delicada questão das diferenças sociais, da falta de oportunidade e da cegueira proposital que a maioria da sociedade se impõe, evitando olhar e debater qual seria o caminho ideal para solucionar o drama dos menores abandonados, dos meninos de rua e da vida criminosa no país.
- Padilha, o mesmo diretor de “Tropa de Elite”, faz um interessante trabalho nos mostrando todos os lados da situação. Se pensarmos que “Tropa de Elite” mostra o olhar da polícia e este “Ônibus 174” disseca a vida do “marginal”, temos os dois lados da mesma moeda de um enorme problema social brasileiro. Não é a toa, como diz o crítico Pablo Villaça em sua crítica de “Tropa de Elite”, que os personagens centrais dos dois filmes têm o mesmo sobrenome (Nascimento), representando os dois lados da mesma moeda.
- Importante deixar claro que apesar do tema merecer um olhar mais sério e uma discussão que leve a algum lugar, entendo que nenhum crime jamais deve ser justificado ou interpretado como simples conseqüência dos problemas sociais. Crime é crime de qualquer forma e jamais deve ser aceitável.
- A direção de Padilha é firme e alterna em bom ritmo entre as entrevistas e as cenas reais do assalto ao ônibus no Rio de Janeiro.

- Finalmente, podemos dizer que “Ônibus 174” é um documentário contundente e definitivo, que deveria abrir os olhos da sociedade para este grave problema social do nosso país.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sociologia 1º ano - Karl Marx e as Classes Sociais

Mais uma apresentação que se refere à teoria marxista a respeito da luta de classes sociais e à tomada do poder político pela classe proletária. Indicado para estudantes de Sociologia do 1º ano do Ensino Médio.

Sociologia 1º Ano - O Manifesto Comunista (Karl Marx e Engels) Versão Cartoon

 

Animação extraída de desenhos animados que, em montagem, explicam idéias básicas do Manifesto Comunista, definindo assim as bases do Materialismo-Histórico-Dialético de Marx e Engels. Muitissímo recomendável pelo professor!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Filosofia 1º ano - Mito e razão - Parte 2 - Galvão

Continuação da video-aula para o primeiro ano de Filosofia da Escola Professor Galvão. Curtam bastante! Abraços!

Filosofia - Mito e Razão - 1º Ano - Escola Professor Galvão

Oi pessoal, a postagem a seguir é uma video-aula a respeito das relações entre o mito e a razão, explicadas pelo filósofo Paulo Ghiraldelli Jr., que fará com muita propriedade a distinção entre ambas, iniciando pela questão da formação do mito. Espero que curtam bastante! abraços a todos!

Sociologia - 2º ano BCA - Indústria Cultural II

Vídeo muito bom a respeito da indústria cultural e cultura de massa; aconselhavel para os estudantes do 2º médio do BCA! Abraços!

Filosofia - 2º ano - Paradigmas II

Opa! Segue aí outro video a respeito de paradigmas para o pessoal do segundo ano da escola professor Galvão. Abraços a todos!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Filosofia - 2º Ano - Vídeo: Paradigmas

Oi pessoal, aqui estamos nós com uma postagem a respeito da conceituação sobre os paradigmas científicos; o vídeo certamente será comentado em sala, então fiquem a vontade pra interpretá-lo de acordo com o que já fora explicado em nossas aulas! Dúvidas? Opiniões? É só comentar aí em baixo! Um forte abraço a todos!


quarta-feira, 7 de abril de 2010

[Livre] Clipe de música: Do the Evolution (Pearl Jam)

Oi Pessoal, o video abaixo é de um grupo de rock chamado de "Pearl Jam" com a música "Do the Evolution" e segue para todas as turmas, sendo elas de Filosofia ou Sociologia; ela traz uma mensagem que temos discutido bastante ultimamente em nossas aulas: As noções de evolução, desenvolvimento e ações humanas do ponto de vista econômico, histórico e cultural! O clipe está legendado em português e mostra uma interessante mensagem sobre a forma como o homem se desenvolve no planeta! Bom divertimento a todos!